Engenheiros, outras musicas, outros posts, outras eu.

Não consegui resistir aos complôs, e acabei me rendendo ao ato de escutar Engenheiros do Hawaií. Não que eu nunca tivesse ouvido antes, e ouvido compulsivamente, quero dizer, mas isso aconteceu há quase dez anos. Mudei né?

E quando eu escuto, me deparo que eu já não espero de ninguém mais do que educação.  Não espero mais do que atos cotidianos, não espero mais nada. E me deparo com essa imensa confusão que tenho; com essa frustração de não conseguir ler as pessoas, de não querer mais lê-las, como se não importasse mais. Acho que isso acontece porque não importa. Em algum momento aprendi. E...

Bem, sem melancolia aqui; como uma vez eu vi, o Inferno são os outros.

Já ouviu dizer que ficar olhando os ponteiros do relógio só faz com que o tempo passe mais devagar?  Isso quer dizer que as coisas são relativas, porque, se você se distrair com outras coisas, vai parecer que o tempo passou mais depressa, mas na verdade ele passou o tanto que deveria passar, nem mais nem menos. Não adianta se fixar nas coisas, se você pensa demais sobre um assunto, a espera se torna mais dolorosa que a certeza.

Com o tempo eu aprendi a não me deixar abater, eu aprendi que nem tudo que eu quero é tudo que eu posso ter.

Aprendi que sou quem posso ser, quem quero ser e o que devo ser.

E que dar socos em facas DOI pra caramba, deixa marcas – por vezes que não somem nunca – e, na maioria das vezes não da certo.

Sabe aquela porta que se fechou no meio do caminho? Não tem janela aberta. Você pode sorrir e fingir que não se importa para que ela se abra de novo, ou simplesmente meter o chute e pensar ‘ que se foda’. Qual você escolhe? Bem, partindo da teoria que não se pode fingir para sempre...

E eu mudei, mas ainda sou a mesma. Os calos são os mesmo; essa melancolia sem fim que tem saudade de tudo o que eu ainda não vi. O humor from hell, a risada, os olhares...

E o tempo me fez ver que você engorda, emagrece, engorda novamente, e faz tudo para emagrecer, ate loucuras.

E algumas loucuras servem, outras não. As mais prejudiciais sempre servem, fikaadika.

Daí vai pelo caminho mais difícil, mas fica feliz quando vê que velhas roupas cabem novamente.

E sabe aquela escolha que você fez errada há muito tempo atrás?

É, você pode ter a oportunidade de mudá-la. Mas também pode descobrir que a escolha que era certa antes, agora já não é, porque você mudou e a escolha não. O tempo que ela podia te fazer bem já passou.

E que mesmo que você se sinta estrangeiro, alguém que esta só na estação esperando que a vida passe por aqui e você possa pega-la, as pessoas que descem e sobem fazem com que a espera não seja tão ruim quanto olhar no relógio.

Se sentir um estranho em sua própria vida não é tão incomum, às vezes quem esta ao seu lado também se sente assim.

Amar e odiar e amar e odiar e amar de novo é um ciclo constante.

Chorar faz parte da vida, mas não faz com que isso seja menos humilhante para mim.

Sabe aquela historia que o que vale é o que a pessoa é e não o que ela aparente? A maior verdade, apenas quando a outra pessoa o bastante é inteligente para perceber isso.

E falando em inteligência, o tempo nos mostra o quando insistir numa coisa se mostra infrutífera, faz mais mal que bem, quando te machuco, quando te corroi, quando te deforma.

O tempo te mostra que amizades eternas às vezes terminam do nada, e outras antigas amizades que estavam predestinadas a morrer devido a distancia que aumenta todo dia está cada vez mais forte.
E esse post veio do nada mesmo, como você deve estar pensando, mas cada pedacinho desses foi escrito ao som de Engenheiros&outrasmusicas, foi escrita após a leitura de outros post, e a lembranças de pessoas presentes ou não.

Para que um tema central se posso escrever sobre tudo?

Até a próxima
XOXO