NOSTALGIA


Ok ok
Milhares de ano sem postar e eu ainda não tenho nada que julgue parecido comigo.

Mas quem se importa?
Ninguém lê mesmo.
Nem eu tenho coragem de ler o que escrevo. Porque se eu ler, vou pensar “WTF? Não fui eu quem escreveu essa droga!”

Em todo caso, não escrevo pra ninguém. Aprendi a escrever apenas por mim. O fato de me dirigir a alguém é apenas uma técnica de comunicação que aprecio. Não me importo se alguém é ninguém ou se alguém é todo mundo.

Algumas coisas eu tenho simplesmente que escrever.
Se não vai ficar que nem refrão de musica brega, preso na cabeça ate que se ouça a música.

Então ponha o fone de ouvido e vamos ao som de One Winged Angel Rock Version, lembrando das cenas do game mais incrível de todos os tempos, marcou uma época feliz, e me faz sentir melhor só de escutá-la.

Final Fantasy 7 foi de antes do problema de saúde do meu pai, foi de antes do AVC da minha avó.  Era a época que eu ainda fazia a oitava serie – hoje nono ano – e estudava na sala mais divertida que tinha, com minha melhor amiga de infância. Foi antes dos quinze anos.

Bem antes do vestibular e da faculdade, antes do primeiro namorado, mas não antes da primeira decepção – que ainda hoje enche o saco no MSN. Será que não dá pra sacar que eu bloqueio quando estou online, R?

Na minha sala, as panelinhas eram formadas desde a época do jardim de infância – ou quase isso – e estávamos confortáveis com o fato. Era a época que me tinham como referencia de aluna modelo, mesmo que eu não estudasse porra nenhuma, sempre tirava notão. E sempre tinha razão nas discussões. Sempre tinha apoio dos professores, diretores ou qualquer uma dessas autoridades escolares. Porque na escola os professores sempre conhecem bem seus alunos, se importam com eles. Alguns até nos viram crescer.

E eu e meu irmão nos sentávamos em frente aquela TV meio antiga, antes que surgissem as LCD, ligávamos o PS1 e não tínhamos hora para sair dali. Nos fins de semana a TV nunca era desligada. Jogávamos em turnos para finalizar mais rápido, para evoluir personagens e resolver pluzzes. Em um mês jogávamos mãos de cem horas.

Hoje mal consigo parar duas em frente ao PS2, para tentar jogar FF X-2 – sim, aquele que parece o ídolos, com musica e dança.

A melhor amiga de infância está em outra cidade fazendo faculdade e o primeiro namorado veio e foi.

A primeira oportunidade de estagio ainda está presente, consome vinte horas da semana, a faculdade mais umas trinta. Os estudos fora da faculdade, mais dez. As noites de sono sempre começam mais tarde do que deviam e terminam mais cedo do que eu quero.

As saídas com os amigos quase não acontece mais. Os amigos em si estão todos espalhados por ai.
Aquela panelinha que cresceu junta...

Bem, alguns são capazes de não reconhecer os outros quando passam na rua. Alguns não em reconhecem. Apenas os mais especiais ficam tatuados na memória.

Mas eu me lembro deles, e é isso o que importa no fim.


Porque eu sempre vou poder colocar o fone de ouvido e reviver tudo aquilo. E nas férias, eu sei que vou me virar pro meu irmão e perguntar: “E aí? ‘Bora jogar?”